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Pais de bebê morto na Capital são presos por negligência e polícia apura maus-tratos

A DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) continua investigando a morte da bebê de 10 meses ocorrida nesta segunda-feira (14), em Campo Grande.

Por Conexão Morena em 14/04/2025 às 18:53:10

Foto: G1 - Globo

A DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) continua investigando a morte da bebê de 10 meses ocorrida nesta segunda-feira (14), em Campo Grande. Na atualização do caso, os pais da vítima foram presos em flagrante por homicídio culposo em função de negligência, enquanto outros dois filhos do casal, de três e sete anos, foram recolhidos pelo Conselho Tutelar e direcionados para um abrigo.

A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) detalhou que a bebê foi atendida na Unidade Básica de Saúde da Família do bairro Portal Caiobá na última sexta-feira (11), por volta das 13 horas, de onde foi transferida para a UPA do bairro Universitário por conta do quadro clínico, sem risco iminente de morte. O médico responsável pela consulta acusou para bronquiolite, sendo que recebeu a medicação e passou por exame de raio-x.

Já por volta das 18 horas, houve uma nova consulta com o pediatra, que decidiu por dar continuidade ao tratamento na UPA. Mais tarde, às 20 horas, a família abandonou o estabelecimento médico sem ter recebido a alta médica. Na madrugada desta segunda-feira, a bebê voltou a apresentar dificuldades de respiração e, às 05 horas, foi levada até o quartel do Corpo de Bombeiros pela mãe usando um motociclista de aplicativo.

Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, os militares que estavam de plantão receberam a bebê e fizeram os primeiros-socorros, sendo necessário acionar o SAMU pelo suporte avançado da ambulância. Foi necessário reanimar a vítima com massagens, porém, após uma hora de tentativa, o óbito foi constatado ainda no quartel. Nesse meio tempo, os militares notaram hematomas no corpo da menina e acionaram a polícia.

Diante da suspeita de maus-tratos, a Polícia Militar foi acionada e deteve a mulher, que foi direcionada para depoimento na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), enquanto o bebê, já sem vida, foi encaminhado à UPA Universitário para realização de perícia e laudo. Em seguida, a Polícia Civil assumiu a investigação e foi até a casa da família, onde prenderam o marido e o pai do bebê e recolheram as duas crianças.

Em coletiva de imprensa, o delegado responsável pelo caso, Roberto Morgado, detalhou que a perícia identificou hematomas em partes do corpo, mas adiantou que não são a causa da morte. Chamou a atenção das autoridades a situação de precariedade em que a família vivia, com a casa no bairro Jardim Tijuca suja, com roupas amontoadas e comida estrada. Os vizinhos disseram que eles residem no local há cerca de três meses.

A polícia também contou que, em 2020, a mãe da bebê morta foi denunciada por viver em uma situação insalubre com o filho mais velho. O caso foi acompanhado pelo Conselho Tutelar, mas nunca encontraram a família até constatarem que tinham mudado de endereço. Presos, os pais da bebê agora aguardam pela audiência de custódia para saber se serão transferidos ao presídio ao solto.

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